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Postura x desempenho na escolaDescrição: Postura errada prejudica desempenho na escola, diz coreógrafo.
Ivaldo Bertazzo recomenda exercÃcios em sala de aula.
Confira os movimentos que auxiliam a despertar a atenção.
A concentração em sala de aula está diretamente ligada à postura
do aluno. O modo como ele senta na carteira e o tempo prolongado
na mesma posição geram incômodo e exigem muito esforço do
organismo. “É querer demais que um jovem fique sentado três,
quatro horas e mantenha o mesmo nÃvel de rendimento e de
absorção de conhecimento", afirma o coreógrafo Ivaldo
Bertazzo, 59 anos.
“A energia que deve estar voltada para o
aprendizado é canalizada para outros fins. O estudante vai se
cansar e, inevitavelmente, se distrair. Ele precisa ser
preparado para ficar nessa situação.â€
O educador corporal sugere, então, que os
professores proponham aos seus alunos fazer alguns movimentos
fÃsicos em sala de aula (confira no infográfico abaixo). “Ao
movimentar o corpo, a circulação sangüÃnea e a respiração são
ativadas, o que oxigena mais o cérebro, deixando a pessoa mais
alertaâ€, explica.
Segundo ele, se for possÃvel, a cada hora, o aluno
deve ficar em pé para "fazer algum tipo de vibração".
“O estudante pode aproveitar os intervalos entre as aulas para
se alongar, se esticar mesmo.â€
“Existe um medo careta das escolas de que, ao estimular que os
estudantes façam um exercÃcio fÃsico em sala de aula, vá gerar
desordem. Isso até pode acontecer no inÃcio, mas logo o tumulto
passa. E, depois das primeiras vezes, essa atividade será aceita
mais facilmente. Funciona como se fosse uma ginástica laboralâ€,
afirma Bertazzo.
“Não se trata de ensinar a dançar, mas de orientar o jovem a
trabalhar o seu sistema nervoso central.†Até a fala deve ser
trabalhada com exercÃcios fonéticos para desenvolver a
articulação e dicção. "Pode parecer bobo, mas não é. Muitas
vezes, no futuro, é a sua maneira de se expressar que pode
garantir um emprego bom."
Para ele, porém, é difÃcil que um professor da rede pública se
anime a adotar essas atividades em sala de aula. “O jovem não
sabe como circular a tensão. Muitas vezes, ele é é extremamente
agressivo porque não sabe lidar com as suas frustrações e acaba
sobrando para o educador", diz. "Isso geralmente
acontece porque os docentes não têm um respaldo da direção
para serem rigorosos e, aÃ, os alunos abusam."
Na carteira
“Quando se senta de um jeito desleixado na carteira, comprimindo
a coluna, a pessoa não está com uma postura receptiva para
aprender qualquer coisa. O ideal é sentar com a coluna reta,
encostada no espaldar da cadeira, as pernas descruzadas e os pés
apoiados no chãoâ€, orienta. Bertazzo sugere que os professores
chamem a atenção dos alunos que estiverem com uma postura
inadequada. “Vale a pena mostrar as implicações de uma posição
errada.â€
Outro aspecto que pode interferir é o lugar da
carteira na sala. “Imagina quem senta numa fileira encostada Ã
parede: sempre faz o mesmo movimento com o pescoço para olhar
para o professor e a lousa no centro. O corpo fica viciado nessa
postura.â€
Bertazzo explica que o ato de escrever é um
trabalho assimétrico. “O corpo fica todo torto, diferentemente
de quando se digita em um teclado de computador, em que a
postura do corpo fica mais harmoniosa.â€
Paulistano da Mooca, Bertazzo começou a dançar aos
16 anos. Produziu dezenas de espetáculos que se apresentaram em
diversos paÃses. Há dois anos, mantém a Escola do Movimento
Ivaldo Bertazzo, no bairro da Pompéia, na Zona Oeste de
São Paulo.
DisponÃvel nas áreas de: vestibular pedagogia diversos saúde
Fonte (Acessa para saber mais): g1.globo.com