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Guia de carreiras: Oceanografia


Atividade: 4301 - Guia de carreiras: Oceanografia
Descrição: Não sabe que curso escolher? Conheça um pouco sobre essa profissão e veja se é a sua cara.
A indústria do petróleo abre espaço para oceanógrafo e você também pode trabalhar na extração de recursos e na pesca. Curso tem carga pesada de exatas e biológicas.



Mais do que disposição para estudar o mar e os animais aquáticos, o estudante interessado em seguir carreira em oceanografia tem de ter habilidade em ciências exatas. Sem conhecimento em matemática, física e química, dificilmente o oceanógrafo vai conseguir promover a interação entre o ambiente marinho e o terrestre, principal missão do profissional.

Esta interação é feita através dos mangues, praias e costões rochosos. O curso de oceanografia, geralmente em quatro anos, também habilita o estudante a entender e promover o bem-estar dos bichos marinhos.

Para tanto, é preciso dedicação. Ricardo Cesar Cardoso, de 37 anos, oceanógrafo do Aquário de São Paulo, diz que a carreira exige um profissional multidisciplinar, por isso é necessário ter domínio de química, física, geologia e biologia.

De acordo com Cardoso, o oceanógrafo precisa ter conhecimento na área química para entender a “sopa” de elementos químicos que é a água do mar. Também é necessário entender de física para aprender a analisar o movimento dos oceanos, como ondas, correntes e marés. Geologia é importante, pois o profissional estuda a formação das rochas e o substrato dos oceanos. Para entender as diferentes espécies de animais aquáticos e seus habitats, o oceanógrafo tem de conhecer biologia.

curiosidades

Se o curso de graduação exige dedicação e esforço, por outro lado, de acordo com Cardoso, o mercado de trabalho traz a contrapartida. Segundo ele, há poucos oceanógrafos formados no Brasil e o mercado está em expansão. “Somos menos de 1.500 profissionais. Tem mercado para absorver toda a mão de obra e para muito mais gente. O grande problema é que o próprio mercado desconhece o profissional”, afirma Cardoso.

O setor público, por exemplo, é um dos setores que ainda precisa aproveitar mais a habilidade dos oceanógrafos. “Todas as cidades litorâneas deveriam ter oceanógrafos em seus corpos técnicos. Nós estamos mais aptos a lidar com a integração entre o ambiente costeiro e o oceano.”

Organizações não-governamentais e empresas de consultoria também podem absorver os oceanógrafos. Uma indústria de celulose, por exemplo, que vai gerar impacto em um ambiente marinho costeiro vai precisar do conhecimento deste profissional para dar continuidade ao seu trabalho.

Não há um piso salarial regulamentado para o oceanógrafo. Atualmente, a Associação Brasileira de Oceanografia luta pela criação de um conselho para regular a profissão.

Mitos

Um dos mitos mais conhecidos relacionado ao universo da oceanografia é de que os tubarões são seres agressivos. No Aquário de São Paulo, Cardoso afirma que é possível provar o quanto o convívio entre eles e o homem pode ser amistoso. Os mergulhadores os alimentam dentro dos aquários e os adulam como se fossem pets. 'Lidamos com as moreias como se fossem cachorrinhos. Precisamos respeitar os limites do animal e saber identificar quando ele se sente incomodado', diz.

O oceanógrafo deve sempre respeitar os limites do animal. Tubarões ou moreias podem reagir de forma agressiva, com ataques por exemplo, quando se sentem incomodados. Por outro lado, também podem responder de forma positiva. 'Tubarões são amistosos e pacíficos e moreias podem agir como se fossem cachorros', diz Ricardo Cesar Cardoso.

Um dos prazeres da profissão, segundo cardoso, é ter a possibilidade de construir pequenos oceanos. Nestes locais, a busca é pelo bem-estar dos animais, mas boas surpresas podem acontecer. No Aquário de São Paulo, segundo Cardoso, já aconteceu de espécies de peixe-palhaço e cavalo-marinho se reproduzirem.

O Aquário de São Paulo reúne 2.500 animais de 200 espécies diferentes em mais de 50 'pequenos oceanos.
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