Entenda as regras e equipamentos do beisebol

O que significa “home run”, “strike”, “primeira base”? Veja dicas dos jogadores da seleção brasileira

Apesar de parecer simples, o beisebol é um esporte que tem regras um pouco mais sofisticadas do que apenas bater uma bola com um taco e sair correndo como se não houvesse amanhã. Se você já viu alguma cena de filme com o esporte e não entendeu nada do que se passava na tela, muita calma nessa hora. Atenção para as dicas a seguir caso você queira seguir os passos de Yan Gomes e virar um astro do beisebol.


O "home run" acontece quando a bola é rebatida para fora do campo

COMO MARCAR PONTOS

Um ponto é marcado quando um atleta do time que está atacando consegue percorrer as quatro bases do campo. Para poder iniciar uma corrida, um atleta precisa primeiro rebater a bola lançada pelo arremessador.

Uma rebatida é considerada válida de duas maneiras. Um “hit” acontece quando a bola é rebatida e o atacante consegue avançar uma base. Para percorrer as próximas bases, o atacante deverá contar com a ajuda de outros rebatedores de seu time.

No “home run”, o rebatedor manda a bola para fora do estádio. Nesse caso, como a defesa não pode recuperar a bola, o atacante tem liberdade de correr as quatro bases de uma vez só. Se outros jogadores de seus times estiverem nas bases, eles também podem correr até a última posição.

TEMPO

Ao contrário do futebol, que tem um tempo limite para o fim da partida, o beisebol funciona com duração indeterminada - de acordo com Fábio, um jogo pode ter entre duas e cinco horas. Isso acontece porque a duração do beisebol é estabelecida por 9 “innings”, ou entradas.

Em uma entrada, um time ataca e o outro defende, até que três rebatedores sejam eliminados. Quando isso acontece, os times mudam de posição: quem atacava agora defende, e vice-versa. Um inning compreende um turno de ataque e um turno de defesa.

“No Brasil, existe ainda o modo de misericórdia: se você conseguir 10 pontos de diferença até a sétima entrada, o jogo acaba. É uma distância difícil de alcançar. Mas no profissional isso não existe, porque os jogadores estão em alto nível e podem virar o placar”, diz Fábio Nakamura.

Existem quatro maneiras de eliminar um jogador:

> “strike out”, que acontece quando três bolas são arremessadas mas não são rebatidas. quando uma bola é arremessada mas não é rebatida, trata-se de um strike;
> “fly out”, quando uma bola é rebatida e a defesa a pega antes que ela toque o chão;
> “ground out”, quando o rebatedor chega a uma base depois que a bola;
> “tag out”, na qual a defesa atinge o rebatedor com a bola enquanto ele corre.

POSIÇÕES

Como você já deve ter percebido, o time que ataca é composto apenas pelo rebatedor (e por eventuais rebatedores que estiverem nas bases). O time que defende, por sua vez, tem nove jogadores em campo: o arremessador, o apanhador, os bases e os jardineiros.

Todos os jogadores da defesa podem ser rebatedores - isso é uma escolha que depende do técnico e das táticas da equipe. “Todo mundo rebate e todo mundo participa da defesa”, explica Fábio Nakamura, da seleção brasileira de beisebol.

A sequência dos rebatedores também é determinada pela comissão técnica, e depende da estratégia do time.

EQUIPAMENTO

Como o Brasil é um país sem tradição no beisebol, é difícil encontrar equipamentos para o esporte produzidos nacionalmente. “As únicas coisas que dá para comprar aqui são o uniforme, que compreende calça, camiseta e boné, e a chuteira, que dá para improvisar com uma de futebol”, explica Jun Sato, jogador da seleção brasileira.

Um uniforme sai na faixa de R$ 200 o conjunto, e a chuteira, entre R$ 100 e R$ 200. A camiseta de baixo, antitranspirante, também pode ser encontrada facilmente no Brasil, e custa por volta de R$ 100.

Os equipamentos essenciais à prática do esporte, porém, devem ser importados. É o caso da bola, que custa em média R$ 20; do taco, na faixa de R$ 200, e da luva, em torno de R$ 300. O capacete, que protege a cabeça dos apanhadores e dos rebatedores do contato com a bola, custa cerca de R$ 100, e ainda tem os equipamentos de proteção do apanhador, que, importados, saem por volta de R$ 450.